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MENSAGEM DO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO CABO-VERDIANA

DE DEFICIENTES (ACD)

De acordo com a definição internacionalmente aceite e que faz parte da Convenção Internacional sobre os Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, “ As pessoas portadoras de deficiência são todas aquelas com deficiências físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais a longo prazo, que em interacção com diversas barreiras possam retardar a sua participação total e efectiva na sociedade, numa base de igualdade com as outras pessoas”. Consequentemente, a problemática da deficiência, longe de ser um problema de saúde, é iminentemente um problema social, em virtude das sociedades actuais possuírem inúmeras barreiras atitudinais, culturais e de acessibilidade (arquitectónicas e de comunicação) que impedem as pessoas com deficiência de usufruírem numa base de igualdade com as outras pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais no campo político, económico, social, cultural, civil ou em qualquer outro campo. Como forma de combater esta discriminação, uma sociedade que se pretenda inclusiva deverá obedecer ao conceito de desenho universal que consiste de acordo com a mesma Convenção, no “ desenho de produtos, ambientes, programas e serviços utilizáveis, o máximo possível, por todas as pessoas, sem a necessidade de adaptação ou desenho especializado. O “Desenho Universal” não deverá excluir dispositivos de apoio para grupos específicos de pessoas portadoras de deficiência, sempre que necessário”. Em outras palavras, a sociedade tem que adaptar-se à pessoa com deficiência e nunca o contrário, introduzindo mudanças no meio ambiente que envolve a pessoa com deficiência de modo a satisfazer em igualdade de oportunidades as suas necessidades e direitos que decorrem da sua condição de ser humano. Em suma e em jeito de ilustração, da palavra DEFICIÊNCIA, se tirarmos a letra inicial “d” da descriminação, o que é que fica? Fica a EFICIÊNCIA, uma palavra completamente diferente e que espelha as vantagens de juntos construirmos uma sociedade para todos, e que o poeta cabo-verdiano Renato Cardoso brilhantemente caracterizou com sendo aquela em que “ tud criston tem direito a sê gota d´agua”. Sim, isso mesmo, todos sem descriminação, a participar e desfrutar do desenvolvimento social e económico do seu País. As vantagens da abordagem inclusiva da deficiência são por demais evidentes para qualquer sociedade, e por isso, apelo a todos os cabo-verdianos que façamos um “djunta mon” no sentido de transformarmos Cabo Verde num País próspero e acessível para todos os seus filhos.

 

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